Mulher assassinada no RJ estava abraçada à enteada, diz irmão

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Morta pelo marido, Andréa Cabral estava abraçada à enteada de 12 anos, Maria Eduardo, no momento do crime. Ao menos é o que conta José Carlos Cabral, irmão da vítima de feminicídio. 

O caso aconteceu na última semana, no Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro. Andréa foi morta ao lado da filha do esposo e principal suspeito do crime, Alexander da Silva, e do bebê Matheus, filho de 11 meses do casal. 

Em entrevista ao jornal O Globo, José Carlos informou que a irmã tratava a enteada como se fosse sua filha. Tanto é que, segundo ele, Andréa não deixou Alexander por causa das crianças. 

"Ela dizia sempre Não vou abandonar a minha filha, se referindo a Maria Eduarda, que, na verdade, era a sua enteada. Andréa voltou para o Alexander porque ele fazia chantagem, dizendo que, se fosse embora, não deixaria as duas se verem. Elas morreram abraçadas", contou José Carlos à publicação.

Suspeito responde por outro crime

Alexander da Silva foi preso na sexta-feira, 17, suspeito de matar a esposa e os dois filhos. Ele foi detido pelos próprios moradores no prédio onde ocorreu o crime. 

O suspeito já é réu em um processo pelo homicídio de uma jovem que era a sua noiva. O crime ocorreu em 2009. Segundo a denúncia do Ministério Público, Alexander golpeou o pescoço da vítima, na época com 27 anos, usando um objeto cortante. Ele não aceitava o término do relacionamento. 

O crime ainda não foi julgado e, apesar de a polícia e o Ministério Público terem sido a favor da prisão preventiva de Alexander, a Justiça do I Tribunal de Júri da Capital negou o requerimento.  

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