A assinatura do convênio entre a Prefeitura de Campo Grande e o governo de Mato Grosso do Sul representa o início da recuperação de quase R$ 500 milhões de recursos federais para a Capital, que estavam represados há anos. A solenidade de assinatura foi realizada no início da noite desta segunda-feira (4) na Câmara Municipal.
Além dos R$ 180 milhões destravados nesta primeira fase, ainda é preciso resgatar outros R$ 300 milhões em recursos federais para Campo Grande, conforme disseram o governador Reinaldo Azambuja (PSBD) e o prefeito Marquinhos Trad (PSD)
O recurso desta primeira fase do convênio é do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e será destinado a 28 frentes de trabalho em diversas regiões do município. Para isso, foi necessária contrapartida de R$ 18 milhões. Desse total, R$ 15 milhões saem do Tesouro Estadual e R$ 3 milhões dos cofres municipais.
“Foram quatro anos adormecidos, com praticamente nenhum empenho para resgatar esses recursos”, afirmou o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) em menção ao dinheiro travado, por falta de contrapartida do município na gestão anterior.
“Precisamos de mais R$ 65 milhões para conseguirmos outros R$ 300 milhões que estão parados”, afirmou Azambuja. De acordo com ele, são recursos do Orçamento Geral da União, de empréstimos, entre outras fontes.
Conforme detalhou o governador, R$ 4,9 milhões serão destinados para as despesas com a construção de casas para os antigos moradores da comunidade Cidade de Deus. Azambuja também enfatizou a execução de obras no polo empresarial Oeste, no Indubrasil.
As obras já tiveram início, de acordo com o prefeito Marquinhos Trad. “Já começaram. Na região do Nova Lima, já estão sendo feitas obras de drenagem e de pavimentação. Na Cidade de Deus, quase todos os materiais já estão prontos para a construção das casas”, exemplificou.
Detalhamento – A obra de pavimentação que é executada pelo Exército, nas avenidas Bandeirantes, Marechal Deodoro e das ruas Brilhantes e Guia Lopes, vai ser contemplada com dinheiro do governo. No total, a intervenção custa R$ 24 milhões e parte do montante precisa ser dado pelo município.
Esta primeira parte também vai viabilizar pavimentação e qualificação de via nos bairros Nova Lima, Atlântico Sul, São Francisco, Bellinate, Jardim Seminário, Mata do Jacinto, Sírio Libanês e Vila Nasser. Todos os bairros na região norte da Capital, saída para Cuiabá. Com os recursos federais, estas intervenções vão custar R$ 71,9 milhões.
Córregos – Serão destinados R$ 900 mil para obras de recuperação do Complexo Anhanduí, Cabaça e Areias. Estes locais vão passar por restauração nas margens dos córregos e os bairros em torno vão receber intervenções antienchente, como galerias pluviais, recuperação de áreas úmidas, reservatório de amortecimento de cheias, urbanização de caráter complementar e pavimentação.
Os recursos também serão usados para implantação de corredores para o transporte coletivo em várias vias, como as avenidas Calógeras, Gury Marques e a Rua Bahia.