Responsável pelo caso, Maíra disse que o suspeito não conhecia a vítima, mas que ele tenha premeditado o crime, por ser um local muito frequentado por adolescentes.“Passamos a manhã inteira checando as informações e parece que ele já tinha um perfil agressivo. Ele não tinha passagem, mas o histórico escolar dele traz sim agressividade no comportamento”, completou.A vítima fez o reconhecimento do jovem e confirmou ser o agressor que a violentou. “Reconheceu, sem sombra de dúvidas, principalmente pelas mãos né, que ele portava a faca no momento da abordagem. Ele também admitiu o crime sexual dessa vítima”, disse Maíra.Conforme a delegada, o pai do garoto afirmou que ele tem problemas mentais, o que ainda não foi confirmado pela investigação. “Segundo conversas com o pai dele, ele tem diagnósticos, ele frequenta o psiquiatra, ingere remédios controlados, mas não é possível identificar qual transtorno ou se tem”, explicou.Por ainda ser menor de idade e não ter sido preso em flagrante, o acusado não foi apreendido e nem teve representação de internação solicitada.“Bem como a gente só soube a autoria hoje, não foi representada pela internação dele. Mas a partir desse momento, já com a autoria definida, pode ser representado por essa internação e ele tem aí um limite máximo de três anos, se for concedida a internação e, lá na frente, ele for julgado e condenado”, disse a delegada.Relembre o casoUma comerciante, de 55 anos, no bairro Nova Lima, em Campo Grande, foi estuprada no dia 18 de abril, na loja em que trabalha. De acordo com as investigações, a vítima foi deixada amarrada pelo criminoso após o abuso.Para a polícia, a mulher relatou que chovia muito quando o suspeito entrou na loja. O suspeito estava com uma camiseta escondendo o rosto e capuz. Depois de entrar no estabelecimento da comerciante, o suspeito disse que queria experimentar um produto, mas logo em seguida anunciou o assalto.A vítima foi socorrida e levada a delegacia especializada e passou por exames de corpo de delito e sexológico no Instituto Médico e Odontológico Legal (Imol) da Casa de Mulher Brasileira.