Bastou uma tarde sozinho com o neto, de 8 anos, para que bisavô, de 78 anos, abusasse sexualmente do menino. O homem foi levado para DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) nesta quarta-feira, dia 31, depois que a criança apresentou comportamento diferente na escola, revelou para professora o que havia acontecido e a família, além da PM (Polícia Militar), foram chamadas. O idoso ficará preso em flagrante pelo crime de estupro de vulnerável.
Conforme na DEPCA, o crime aconteceu nesta terça-feira, dia 30. A criança não revelou neste primeiro momento se algo já havia acontecido antes.
O garoto mora com a mãe, que está grávida, em casa cedida pelo avô dela, no mesmo quintal onde o idoso também vive. Na tarde de ontem, ele ficou sozinho com o homem, momento que foi chamado para um dos cômodos da casa do bisavô, que tirou a roupa e pediu que o neto fizesse o mesmo.
Diante da recusa da criança, o homem passou a mão nas partes íntimas do menino e mandou que ele assistisse a um filme pornográfico. Quando o idoso foi ao banheiro, o garoto fugiu e se escondeu até que a mãe chegasse.
O filho contou à mulher o que havia acontecido, mas a mãe decidiu não chamar a polícia de imediato. Segundo o delegado Roberto Morgado, ela está grávida e mora de favor. “Ficou sem saber o que fazer até que na data de hoje, quando a situação veio à tona na escola”.
A mãe foi chamada primeiro e depois, o pai. A família foi levada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida, onde o menino passou por exames. Não foram encontradas marcas de violência, mas a criança manteve a versão de que havia sido molestada e por isso, a PM também foi chamada.
Na DEPCA, a criança foi submetida a depoimento especial, quando é ouvida por psicóloga e equipe policial acompanha a oitiva. O pai também prestou depoimento e o bisavô ainda será interrogado.
O delegado, contudo, afirmou que fará a prisão em flagrante do suspeito e que pedirá medida protetiva para o menino.
O homem já figurou como suspeito em outro boletim de ocorrência de abuso sexual contra criança, em 2006.
(*) Nomes foram omitidos para preservar a identidade da vítima, como prevê o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).