O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL) foi o único representante de Mato Grosso do Sul a assinar o pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao todo, 47 parlamentares da Câmara Federal assinaram a solicitação.
“Lula passou de todos os limites. Convidar um ditador para vir ao Brasil e ainda recebê-lo com honras? Essa atitude não representa os brasileiros. Não podemos pactuar com esse tipo de comportamento. Esse ditador é responsável pela maior fome histórica na Venezuela, maior êxodo populacional já registrado. Os venezuelanos vivendo em situação de pobreza extrema. Não podemos nos calar perante essa afronta. Sem contar com a indicação de um advogado amigo dele que o livrou de vários crimes. O Brasil não é isso que o Lula está demonstrando. Não somos coniventes com esses crimes e por isso não podemos ficar de braços cruzados olhando tudo de camarote. Por esse motivo protocolamos o pedido de impeachment.”, explicou o deputado federal.
O pedido foi protocolado pelo deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS), contou com a assinatura de mais 46 deputados e teve como base a visita do presidente venezuelano Nicolás Maduro e a indicação do advogado Cristiano Zanin ao STF (Supremo Tribunal Federal).
No documento, o deputado gaúcho apontou supostos crimes de responsabilidade cometidos pelo chefe do Executivo federal envolvendo Maduro e Zanin.
Sanderson menciona uma suposta quebra de tratado internacional com o convite de Lula a Maduro, já que o petista fez uma recepção com honras de chefe de Estado ao venezuelano, que é acusado de narco terrorismo nos Estados Unidos, e também que o presidente teria atentado contra a segurança interna do Brasil ao permitir a entrada de Maduro no país, tendo em vista que ele é acusado pela ONU de crimes contra a humanidade.
Já em relação a Zanin, o parlamentar afirma a violação do princípio da impessoalidade e da moralidade do presidente da República ao indicar o seu advogado particular ao cargo.
Para sair do papel, não basta o requerimento ter sido protocolado, é necessário que o presidente do Congresso, Arthur Lira (PP), analise o pedido de impeachment.
Lula já enfrenta o segundo pedido de impeachment formalizado pela bancada “bolsonarista”. O primeiro teve assinatura de 33 parlamentares e foi pedido em janeiro também pelo deputado Sanderson.