Anderson Patrick, de 36 anos, alega estar sendo ameaçado por uma mulher com quem teve um relacionamento amoroso durante dois dias. Após colocar 'um ponto final' na relação, a suspeita, de 31 anos, supostamente passou a realizar várias ameaças contra a vítima e sua família.
Segundo a vítima, a suposta autora criou uma conta ‘fake’ em uma rede social. Com a foto de Anderson, a suspeita estaria publicando legendas com graves ameaças, dizendo que Pedraci seria pedófilo e assediador de mulheres.
Com medo de sofrer represálias, Anderson já procurou a 5ª Delegacia de Polícia Civil pelo menos cinco vezes. O caso segue sendo investigando, mas as ameaças continuam acontecendo e repercutindo nas redes sociais há mais de 50 dias.
A vítima contou que teve um relacionamento amoroso com a suspeita uma vez na última semana de abril e outra na primeira semana de maio. Em seguida, a suposta autora teria começado a interrogar Anderson sobre pessoas em sua rede social e ele decidiu colocar ‘um ponto final’ na relação, momento que a suspeita alegou estar grávida.
A vítima levou a suposta autora para realizar exames, os quais tiveram resultado negativo. Logo depois, um perfil com o nome de “Emerson Gutierres’’ passou a compartilhar a imagem da vítima com graves ameaças de assédio e pedofilia.
“Eu sou coordenador de catequese e trabalho como agente comunitário. Estou com medo de sair na rua e ser agredido. Ela está ferindo a minha honra há mais de 50 dias. Já pensei até em suicídio. Tenho receio de alguém acreditar nas publicações e me agredir. Eu trabalho com pessoas em periferias de Campo Grande. Estou correndo risco de morte. Não aguento mais essa situação”, desabafou.
As imagens da vítima estão sendo compartilhadas ao lado de familiares e até do próprio filho que ainda é uma criança. A suspeita também estaria ameaçando a mãe e a irmã de Anderson por mensagens.
“As primas dela me conhecem desde quando eu era criança. Recebi até uma mensagem do irmão –da suspeita- se desculpando pela irmã. Não é a primeira pessoa que ela faz o mesmo. Têm outros casos parecidos com o meu”.
A advogada de Anderson, Nathally Catarinelli, diz existem duas denúncias contra a suspeita, sendo uma em 2014, a qual um homem alega que ela o perturbava no trabalho e realizava trotes para a polícia, dizendo que estava acontecendo homicídios na loja que o rapaz trabalhava.
Outra denúncia é bem mais recente e aconteceu em novembro de 2022 e é bem parecida com a de Anderson. Um professor alega que a suspeita, com a qual também manteve um relacionamento, criou perfis falsos em redes sociais e passou a compartilhar fotos dele dizendo que o mesmo estaria abusando de mulheres. A suposta autora também importunava a vítima na escola que lecionava.
“Estou há noites sem dormir. As pessoas que me conhecem pedem para eu não ficar preocupado, mas ela está acabando com a minha história. A minha vida está em risco. Só gostaria que esse pesadelo acabasse”, disse Anderson.
O caso registrado como calúnia e ameaça segue sendo investigado pela 5ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande.